Como todo bom descendente de italiano (como eu), em casa ele não pode faltar! Seja no verão ou no inverno, não dispensamos uma boa garrafa de vinho de vez em quando. Tanto o Igor e eu, quanto meus sogros, somos verdadeiros apreciadores de vinhos, e sempre estamos fuçando as prateleiras dos supermercados em busca de novidades boas e preços acessíveis. Temos preferência pelos vinhos secos, a uva Tannat é a nossa predileta, originária da França, mas atualmente produzida no Uruguai. É um vinho muito bom, vendido no Brasil a preços bem bacanas.
Os vinhos são excelentes companheiros em quase todas as ocasiões, principalmente durante as refeições. É a arte de combinar os alimentos com os vinhos para melhorar e realçar seu sabor, chama-se HARMONIZAÇÃO.
É um casamento que busca harmonia, daí a palavra. Algumas vezes, os pares se dão muito bem por serem parecidos. Em outras, porém, são as diferenças ou contrastes que tornam a combinação maravilhosa. Na harmonização dos vinhos e pratos, você pode brincar com essas duas opções.
Sua criatividade nas harmonizações pode surpreender os convidados, mas respeitar algumas regras básicas fará com que você seja considerado especialista no assunto. E lembre-se: quando um vinho é realmente excepcional, às vezes é melhor escolher como companhia um prato bem simples, que não interfira na degustação.
Carnes
A carne bovina, preparada na parilla argentina ou na grelha, casa perfeitamente com vinhos tintos, como o malbec ou o cabernet. O cordeiro, com o syrah. A carne de porco, ao contrário, além de um tinto complexo como o pinot noir, vai muito bem com um branco, como o riesling. As carnes de caça, como o cervo, podem ser acompanhadas por um tinto muito intenso, como o merlot. Se você preparar carne com molhos condimentados, pode ressaltar esse tempero com um vinho à base de uvas combinadas: cabernet com malbec ou cabernet sauvignon.
Em se tratando de peixes, quanto mais branca for sua carne e mais delicado seu sabor, mais combinará com vinhos brancos e leves. Já os peixes oleosos podem “nadar” em um bom rosé.
Vegetais, queijos e sobremesas
Dependendo da forma como forem preparados, os vegetais admitem uma harmonização mais variada. O arroz, por exemplo, poderá ir muito bem com brancos espanhóis ou tintos italianos, dependendo se a receita é paella ou risoto. As massas com molho à base de tomate preferem os tintos; as com molho branco ou cremoso casam bem com vinhos brancos encorpados. Os queijos maturados, como o camembert e o brie, preferem tintos muito jovens. Já os queijos azuis, como o roquefort e o gorgonzola, podem ser servidos com brancos doces em temperatura ambiente. Por último, sobremesas com creme vão bem com vinho do Porto, e doces que combinam frutas e merengues ficam magníficos com um borbulhante champanhe.
Agora que você já conhece as regras básicas, que tal surpreender seus convidados com combinações inovadoras e sabores inesquecíveis? Não esqueça de me convidar, viu? 🙂
Bjs
Sol Ferrari