Dia das Crianças Sem Consumismo!

É de pequeno, que se aprende!

É Papais e Mamães… agora que sou mãe também… sei muito bem como é difícil dizer não para um filho não é? Queremos dar sempre o melhor para eles… o tempo todo…  e agora com o Dia das Crianças chegando, dia tão esperado pelos nossos pequenos, pela indústria e pelo comércio, é uma boa oportunidade para refletirmos sobre tudo aquilo de bom e de melhor que podemos oferecer às nossas crianças. É um bom momento para aprendermos a desconfiar daquele primeiro “eu quero” pronunciado efusivamente diante da televisão ou da prateleira das lojas de brinquedos. Não cheguei a esta fase com o Lorenzo (ainda), mas sei que será inevitável daqui a um tempo e quero estar preparada para não ser mais uma vítima dessa sociedade capitalista, consumista e porque não… ostentadora!

Parece clichê, mas é fato que o de melhor que podemos dar aos nossos filhos não custa dinheiro, custa tempo e disponibilidade. Tempo com corpo, alma e coração presentes nos momentos com nossos filhos e disponibilidade para conhecê-los de verdade, assim como aos seus desejos. A proposta é aproveitar o Dia das Crianças para pensar junto com as crianças sobre como diferenciar os nossos desejos genuínos e aqueles que são implantados pela publicidade.

A publicidade trabalha com sofisticadas pesquisas de mercado e age no nosso emocional focando as nossas vulnerabilidades. Raramente vemos um produto – para criança ou para adulto – que venda um atributo material: a publicidade atual vende atributos intangíveis, valores que muitas vezes correspondem às nossas lacunas pessoais. Então num anúncio de trem elétrico veremos a diversão da família sentada vivenciada no tapete da sala ao redor do brinquedo. E é isso que a criança quer: a diversão em família e não, necessariamente, o objeto anunciado.

O que está mais acessível? A vivência-brincadeira em família no chão da sala ou o objeto-brinquedo caro na prateleira da loja? Do que é mais fácil dispor? Tempo ou dinheiro?

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Todo o marketing, todos os editoriais e todas as colunas de comportamento repetem que não temos tempo. E, acreditando que estamos sem tempo à nossa disposição, nos parece mais “fácil” trabalhar ainda mais para conseguir o dinheiro para comprar o objeto-brinquedo e satisfazer o suposto desejo da criança. E assim temos a tranquilidade de estar fazendo o melhor. Estamos mesmo? Não acho! Porque devemos ensinar às nossas crianças algo que mesmo nós, adultos, temos tido dificuldade de entender: que momentos vividos de corpo, alma e coração têm mais valor que os objetos promovidos na tevê.

E vou além… devemos aguçar os sentidos para perceber que estes momentos singulares e amorosos é que serão os que ficarão na memória dos pequenos para sempre!

Vamos repensar o futuro de nossos filhos para que não se tornem escravos do consumismo.

Bjs

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